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Lançamento do Guia de borboletas do Catimbau

O guia de identificação de espécies de borboletas do Parque Nacional do Catimbau foi recentemente lançado. Esse guia é fruto do projeto Borboletas no Nordeste: Monitoramento de borboletas em paisagens da Caatinga e Mata Atlântica Nordestina: subsidiando planos de manejo de Unidades de Conservação, executado pela UFRN e UFCG, com apoio financeiro do Grupo Boticário e CNPq.

Ao longo do projeto serão monitoradas borboletas de 6 unidades de conservação (UCs) presentes no nordeste , sendo 3 na Mata Atlântica e 3 na Caatinga, e uma dessas UCs é o Parque Nacional do Catimbau, aonde foram registradas 105 espécies, sendo 20 frugívoras e 85 nectarívoras, a maioria abundante e de ampla distribuição no Brasil. A família mais representada foi Nymphalidae, com 35 espécies, enquanto a família Papilionidae foi a mais rara.

Para conferir o guia, basta clicar abaixo:

A contribuição das sementes na regeneração natural da Caatinga em áreas após agricultura

De autoria do pesquisador Alexandre Souza de Paula, o artigo intitulado: The role of seed rain and soil seed bank in regeneration of a Caatinga dry forest following slash-and-burn agriculture, recém publicado na Journal of Arid Environments, nos traz resultados interessantes sobre o papel das sementes na regeneração natural da Caatinga em áreas após o uso da terra para a agricultura de corte-e-queima. Utilizando o PARNA Catimbau como área de estudo, o pesquisador avaliou a diversidade das sementes presentes no banco de sementes do solo e na chuva de sementes, por 14 meses, em áreas com diferentes idades de regeneração após o abandono da terra. Ao todo, foram registradas 5081 sementes e 61 espécies na chuva e 5660 sementes de 64 espécies no banco. Apesar disso, a chuva e o banco corresponderam apenas a 40% da flora regional do entorno do parque. Com isso, pode-se concluir as sementes tem um papel menor na regeneração natural da Caatinga, em áreas que sofreram com o corte-e-queima, em comparação com as rebrotas. Ações de restauração como a semeadura direta podem ser úteis para auxiliar na recomposição da vegetação original do parque.

O artigo completo pode ser conferido pelo link abaixo:

A seguir algumas imagens das coletas:

A) Triagem das sementes presentes no banco através de peneiras.

B) Amarração das redes para a coleta da chuva de sementes

Bodes domésticos podem ter pouco impacto sobre a redução da diversidade de plantas na Caatinga

Em artigo publicado por Davi Jamelli e colaboradores foi analisado o comportamento alimentar e de uso dos habitats de bodes domésticos no PARNA Catimbau, a fim de compreender como esses animais impactam na modificação da vegetação da Caatinga. O experimento contou com o rastreamento dos animais via GPS. De acordo com o estudo ficou constatado que os animais usam preferencialmente as áreas abertas próximas as casas dos seus donos. e seu impacto na comunidade de plantas podem ser insignificantes porque se alimentam principalmente de plantas amplamente disponível em ambientes modificados. A área de alcance dos rebanhos pode chegar até 95 hectares. Segundo os autores, o estudo sugere que os bodes domésticos podem ser considerados moradores de paisagens modificadas pelo homem, forrageando perto de comunidades, em áreas abertas onde espécies abundantes de plantas prosperam. Com isso, os autores concluem que a extensa pecuária caprina na Caatinga pode ter pouco impacto na vegetação natural e pode ser gerida de forma sustentável sob a prática de gestão tradicional.

Para conferir o artigo, acesse a sessão publicações em: Artigos publicados em periódicos científicos

Espécies com rebrota na Caatinga podem possuir extensa propagação clonal

Recentemente o pesquisador Renato Vanderlei e colaboradores publicaram um artigo analisando as espécies com rebrotas no PARNA do Catimbau e evidenciaram que o que pareciam serem rebrotas de espécies de Pityrocarpa moliniformis, popularmente conhecida como Canzenzo na região, na verdade eram conjuntos condensados de brotos de raízes conectados por meio de redes complexas de raízes horizontais rasas, longas e ramificadas. Foram mapeados até 738 brotos de raízes conectados que somavam até 910 m de comprimento de raíz. Os resultados dos autores sugerem que a floresta seca da Caatinga suporta uma proporção relativamente alta de espécies rebrotando, algumas delas capazes de se propagar clonalmente e desempenhando um papel no nível do ecossistema, respondendo à regeneração florestal precoce e alta abundância / biomassa em regeneração e florestas antigas.

O artigo pode ser acessado na sessão publicações em artigos publicados em periódicos científicos